(I)
Nesta sala, os autores dos projetos falam sobre descentralização, poder local, o papel político e social do arquiteto e da Ordem dos Arquitectos, a exigência do público. Lisboa e Porto. As primeiras gerações de arquitetos formadas em Portugal viam nos grandes centros urbanos a única hipótese de exercer arquitetura. Hoje, para se fixarem no resto do país, os arquitetos resistem. No centro, apesar dos excelentes fabricantes de cerâmicos, mobiliário urbano, construção, continua a ser mais difícil ter clientes, projetos de grande dimensão, sustentabilidade. Falta massa crítica, faltam oportunidades num território variado ― que também é um estímulo à criatividade. Uma discussão que não está desligada da descentralização e da relação com os territórios de fronteira. É necessário que os arquitetos estejam presentes na discussão política e continuar a sensibilizar as comunidades para o papel social da arquitetura. Abrir a classe ao diálogo com a sociedade, debater a arquitetura com exigência.