Casa JAC

A exigência tem de partir das pessoas

«Existe uma assimetria acentuada na qualidade da construção em função dos territórios de Portugal continental. Existem duas perspetivas que na realidade estão interligadas. A primeira tem a ver com o brio profissional de quem constrói. Tenho por experiência (de forma geral, obviamente) as melhores impressões sobre os empreiteiros do norte. Muito atentos ao pormenor, operam com grande paixão. Contudo, a exigência do cidadão comum na arquitetura vai diminuindo. Vejo como se constrói na minha cidade de Coimbra e reconheço que não se valoriza a arquitetura como uma disciplina fundamental para a qualidade de vida. As novas gerações já estão mais atentas, talvez pelo recente fenómeno das redes sociais, em que a arquitetura é partilhada de forma mais estimulante. Parece estar enraizado culturalmente, e julgo que ainda faltará uma geração para essa mudança se efetivar.»